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História verdadeira


"Porque os seus pensamentos não são os meus pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos." (Is.55:8)

A Ponte e o urso...
...Um urso estava a andar em Rainbow Bridge (Old Hwy 40 em Donner Summit, Truckee) no sábado, quando dois carros, também atravessavam a ponte. O urso com medo salta sobre a borda da ponte e, de alguma forma, conseguiu agarrar-se para não cair.
As autoridades decidiram que nada poderia ser feito para ajudar, naquela noite de sábado, mas retornaram domingo de manhã. Encontraram o urso dormindo sobre a borda.
Depois de garantir uma rede por baixo da ponte, o urso foi sedado e caiu na rede. Ao acordar, da sedação, conseguiu saiu da rede, por si próprio.
Existe uma moral para esta história, deste velho urso, que fez um movimento errado e viu-se pendurado por suas próprias unhas. Ele foi capaz de se levantar sobre a borda da ponte, viu que estava numa situação muito má, impossível de  safar-se, e que fez ele?...
Sim, ele deixou-se ficar e dormiu, talvez  devido ao extremo stress que passou . A natureza é sábia... ou  o seu Projetista  é sábio?  
De qualquer forma  ' Deus cuidou da situação ' enquanto ele dormia, outros trataram  de seu infortúnio.

A moral da história é que quando confrontados com um má situação,  às vezes a melhor solução é dormir e deixar que Deus cuide daquilo que não está mais na nossa mão, naquele momento .
 É preciso dar tempo para que Deus, dê um jeito!

Alquimia da consciência

...é um conhecimento que está alicerçado no amor, e por isso, a união pelo amor está sempre presente em qualquer obra alquimica, representando uma energia que une dois princípios.



O processo alquimico em nós, faz-se de 7 em 7 anos. A arte secreta da alquimia reside na transformação da personalidade. Qualquer pessoa envolvida no seu próprio desenvolvimento psicológico e espiritual é um alquimista.
O processo alquimico, fala da transformação da Alma. É algo que ocorre todos os dias, em todas as fases da vida, com todas as pessoas (só que não há consciência disso, a maioria das vezes.


O Alquimista vê para além das aparências. Com a sua intuição apurada, em profunda paz consigo e com o mundo, com um imenso amor pela vida e com a sua ligação espiritual activada, está capaz de penetrar no mundo da essência, das energias, da identidade cósmica e individual. 

Este processo alquimico, acontece várias vezes ao longo da nossa vida e envolve várias áreas (afectiva, saúde, carreira, relação com os filhos ou com os pais, e até mais profundo, ao envolver várias áreas ao mesmo tempo).
Para completar este processo, que traz a verdadeira libertação interior, é necessário passar por quatro etapas de transformação psicológica que representam um processo de auto-conhecimento - Nigredo, Albedo, Citredo e Rubedo.

O Nigredo é o caos, da substância. É quando vivemos uma crise - o fundo do poço. Onde resistimos ou negamos. Aparece para fazermos uma revisão de vida (do passado), para transcender. É preciso integrar a sombra e cortar. É o que tem de ser feito.

O Albedo, é a purificação. É quando conseguimos já separar o que queremos, do que o que não queremos na nossa vida. É o destilar, onde tudo se reorganiza e a luz se faz (esclarecimento psicológico); a integração dos elementos em nós. O caminho não está fora de nós, nós somos o caminho. Ficamos inteiros em nós.

O Citredo, é a fase intermédia. Algo que amadureceu e começa a estar disponível para nos reeducarmos. Silêncio - etapa da sabedoria. Libertação de ilusões e ajuste à nova ordenação na matéria. A  liberdade está em optarmos por aquilo que somos... e o caminho é cumprirmo-nos.  Integração da Sabedoria em nós.

O Rubedo, é o processo de síntese interno. O Deus em nós. É a esperança da glória. É a união connosco. É uma fase muito mística, onde o lado masculino e o feminino da alma se integram. É o tempo de voar, de agradecer e desfrutar. A Alma é a "casa" da nossa sensibilidade e é pela sensibilidade, que este trabalho alquimico se desenvolve. ´´E o casamento da Terra e do Céu. A vibração que sustentamos permite viver a totalidade.



No próximo post falarei um pouco mais sob este assunto.
Namasté!

Flor de Lótus

Lótus é o símbolo da expressão espiritual, do sagrado, do puro. A lenda budista relata-nos um acto de expansão espiritual que todo o ser humano pode alcançar se utilizar as energias criadoras, que combinadas, misturem as suas diferenças, para que alcancem a Unidade!


"Certo dia, à margem de um tranquilo lago, encontraram-se quatro irmãos: o Fogo, O Ar, a Água e a Terra.

- Quanto tempo sem nos vermos - disse o fogo, cheio de entusiasmo, como é de sua natureza.
 - É verdade - disse o Ar. É um destino bem curioso o nosso. à custa de tanto nos prestarmos para construir formas e mais forma, tornamo-nos escravos de nossa obra e perdemos nossa liberdade.
- Não te queixes - disse a Água, pois estamos a obedecer à Lei, e é um Divino Prazer servir a Criação. Por outro lado, não perdemos a nossa liberdade - tu corres de um lado para o outro, à tua vontade; o irmão fogo entra e sai por toda a parte servido a vida e a morte. Eu faço o mesmo.
- Em todo o caso, sou eu quem deveria queixar-se, disse a Terra - pois estou sempre imóvel e mesmo sem minha vontade, dou voltas, sem descansar no mesmo espaço.

Não intristeceis minha felicidade ao ver-vos - tornou a dizer o Fogo - com discussões supérfulas. É melhor festejarmos estes momentos em que nos encontramos fora da forma.

Cada um contou o que havia feito durante a sua longa ausência, as maravilhas que tinham construído e destruído; cada um se orgulhou de haver prestado para que a vida se manifestasse através de formas sempre mais belas e mais perfeitas. No meio de tão grande alegria, existia uma nuvem: o Homem. Como ele era ingrato!

Haviam-no construído com seus mais perfeitos e puros materiais, e o homem abusava deles, perdendo-os. Tiveram desejo de retirar sua cooperação e privá-lo de realizar suas experiências no plano físico, porém, a nuvem dissipou-se e a alegria voltou a reinar entre os quatro irmãos.
Aproximando-se o momento de se separarem, pensaram em deixar uma recordação que perdurasse através das idades a felicidade de seu encontro.

Resolveram criar alguma coisa especial que, composta de fragmentos de cada um deles harmonicamente combinados, fosse também a expressão de suas diferenças e independência, mas também servisse de símbolo e exemplo para o homem.

Por fim, reflectindo-se no lago, os quatro disseram:
- E se construíssemos uma planta cujas raízes estivessem no fundo do lago, a haste na água e as folhas e flores fora dela?
A ideia pareceu digna da experiência.

-Eu porei as melhores forças de minhas entranhas, disse a Terra. - e alimentarei suas raízes.
-Eu porei as melhores linfas de meus seios - disse a Água - e farei crescer sua haste.
-Eu porei minhas melhores brisas - disse o Ar - e tonificarei a planta.
-Eu porei todo o meu calor - disse o Fogo - para dar às suas corolas as mais formosas cores.

Fibra sobre fibra foram construídas as raízes, a haste, as folhas e as flores. O Sol abençoou-a e a planta deu entrada na flora regional, saudada como rainha. 
Quando os quatro elementos se separaram, a Flor de Lótus, brilhava no lago, com sua beleza imaculada, e servia para o homem como símbolo da pureza e da perfeição humana."

(Conto Budista)

Encontro...

O meu desejo é deter-me um pouco mais, com cada um dos que comigo estão e partilham a vida... quero ouvir melhor as vossas ideias, observar os vossos gestos mais simples, guardar o tom das vossas vozes, o vosso jeito de ser, de andar... abraçar-vos.

Quero gravar na minha mente os sorrisos, as manias, o modo de ser de cada um... 
Hoje eu quero fazer uma prece ao vosso lado, para descobrir com todos e cada um a magia da serenidade, pelos fios invisíveis da oração conjunta.

Hoje, vamos sentar-nos juntos a meditar... ouvir a melodia dos pássaros, em silêncio e, sem pressa.

Hoje eu agradeço conhecer-me através dos vossos medos, de conhecer cada um de vós e poder transmitir-vos confiança, na vossa intuição, que aprenderam a reconhecer e senti-la pelos vossos olhos.
Hoje eu dou a força para caminharem sozinhos, mas é um caminhar lado a lado, somos comunhão com a essência, somos todos Um.

Registo na minha alma cada gesto, cada sorriso. Hoje eu grito este amor que existe dentro de mim e que partilho com todos vocês, amigos do meu ♥

Vamos meditar à mesma hora, no sitio do costume.

Avançar....

“Garras poderosas

Um rei recebeu como obséquio dois filhotes de falcões e os entregou ao mestre da falcoaria para que os treinasse para a próxima temporada de caça, entretenimento dos nobres da época, enquanto esperavam por alguma guerra.
Passados alguns meses, o instrutor comunicou ao rei que uma das aves já estava com toda sua performance de caça pronta para ser testada, mas que a outra ave não se tinha movido do seu galho desde que tinha chegado ao palácio, a tal ponto de que tinham que lhe alcançar a comida, para que não morresse de fome.
O rei, um sujeito muito hábil, mandou chamar curandeiros e até senadores para que verificassem qual o problema com a ave, mas de nada adiantou, ela não saía do lugar...
Pelas janelas dos seus aposentos o monarca podia ver o pássaro imóvel no galho, e mesmo que sua pose fosse autêntica e seu corpo delineado, faltava-lhe a qualidade principal que era voar.
Publicou por fim um anúncio entre seus súbditos procurando alguém que ensinasse o pássaro a voar. Na manhã seguinte, viu a ave voando com agilidade pelos jardins!
- Traga-me o autor desse milagre! - disse o rei. - Quero recompensá-lo e aprender sua técnica mágica.
Quando o sujeito é apresentado, o rei lhe pergunta:
- Como conseguiste? Tu és mágico, por acaso?
E o homem respondeu:
- Não alteza, apenas observei que se cortasse o galho onde a ave se agarrava, ela iria precisar de algo mais, e isso eram suas asas...”

Autor desconhecido

Partir o galho é realmente a forma para não nos esquecermos do propósito que cá nos trouxe.....

Aceitar, exige que as nossas mãos permaneçam abertas, tanto para receber como para dar, é preciso que haja entendimento para abrir as asas e voar...

Pode não ser fácil, mas há momentos na vida que é preciso quebrar barreiras e avançar....

O momento é agora!

O momento é este



Ao longo do meu trabalho como terapeuta, tenho tido a oportunidade de constatar que muitas pessoas resistem para se libertar de ressentimentos, devido às crenças que lhes foram ensinadas na infância, pela família e pela sociedade. Alimentam um "vitimismo" e gostam de chamar a atenção para as "suas desgraças"
como forma de obterem atenção, que acreditam necessitar.
Isolam-se e entram em profundos estados de depressão e amargura.


“Um grande urso, vagando pela floresta, percebeu que um acampamento estava vazio. Foi até a fogueira, ardendo em brasas, e dela tirou uma panela muito grande de comida. Abraçou a panela com toda a sua força e enfiou a cabeça dentro dela, comendo tudo com sofreguidão.
Enquanto abraçava, começou a perceber que algo o atingia. Na verdade, era o calor da panela... Ele estava a ser queimado nas patas, no peito e onde mais a panela encostava. 
O urso nunca tinha experienciado aquela sensação e, então, interpretou as queimaduras pelo seu corpo como uma coisa que queria tirar-lhe a comida. Começou a urrar muito alto. E, quanto mais alto urrava, mais apertava a panela quente contra seu imenso corpo. Quanto mais a panela o queimava, mais ele a apertava contra o corpo e mais alto urrava. Quando os caçadores chegaram ao acampamento, encontraram o urso recostado a uma árvore, segurando a tina de comida. O urso tinha tantas queimaduras que estava colado à  panela e, mesmo já morto, ainda mantinha a expressão de estar a rugir”.

Ao ler esta história, tomei consciência que, muitas vezes na nossa vida abraçamos certas coisas que julgamos serem importantes. 
Mas tal como na história, algumas delas magoam-nos, "queimam-nos" por fora e por dentro, e mesmo assim resistimos. 
Fica bem patente o medo da mudança e é precisamente esse medo que nos coloca numa situação de desespero e dor. É preciso começar a perceber que o apego é de certa forma a maneira que arranjam para manter o controlo.
Apertamos essas coisas contra nossos corações e terminamos derrotados por algo que tanto protegemos, acreditamos e defendemos. Em certos momentos, é necessário reconhecer que nem sempre o que parece ser a salvação nos dá condições de prosseguir.

Passo-lhes a aprendizagem que tive com o método do Ho'ponopono (já descrito num post anterior). É preciso perceber e admitir que todos estamos aqui num processo de evolução. 


Jesus diz-nos: Tu estás a renascer. Em todos os sentidos, em todas as formas, nas mais pequenas acções quotidianas, estás a nascer outra vez para uma nova vida. Cada vez estás mais perto de mim. Cada vez vibras mais alto, mais puro, mais subtil. Cada vez mais, alcanças a dimensão do céu onde as fadas podem voar.
Este é o tempo do renascimento. É o tempo dos homens entenderem a missão. Entenderem que a verdadeira missão, a única missão possível para o ser humano dentro da humanidade, é conseguir ser único, inconfundível e inviolável. É conseguir destacar-se de mais de sete mil milhões de pessoas.
Ser autêntico. Ser orgânico. Ser especial.

in Livro da Luz de Alexandra Solnado


O momento é este. O Universo está a dar-nos essa oportunidade...

“Nem sempre posso controlar o que se passa fora. Mas posso sempre controlar o que se passa dentro.” Wayne Dyer

Nada melhor que Saturno em Escorpião, para trabalharmos e aceitarmos a transformação.
Transformação é sinónimo de “Vida-Morte”, uma vez que a Vida é impermanente, e mutável. Se uma é a essência a outra é a condição, o seu reverso indistinguível.
O mistério da vida e da morte. O milagre inevitável, ao longo do tempo e das formas – de todas as formas –, a dança permanente entre o velho que se esgota e o novo a que aquele dá lugar, a vida cumprindo-se através da morte das formas que permite o nascimento de outras, continuamente.

Pensem bem nesta proposta e no que ela alcança, como processo evolutivo.





Com muito amor

Mergulho bem fundo no meu coração, destruo as correntes que aprisionam as minhas emoções.
Exercito o perdão, pois só assim tenho paz, e sigo livre a minha caminhada.

Agora, bato asas em direcção ao céu e vivo como Deus um dia planeou... Com muito Amor!.



"Quando se ama não é preciso entender o que acontece lá fora, porque tudo passa a acontecer dentro de nós" (Paulo Coelho)



Continuando a explorar o tão famoso quadro de Leonardo da Vinci - A última ceia - eis agora uma breve análise astrológica "da posição dos apóstolos na "Última Ceia de Cristo", feita pelo Vitorino de Sousa no seu livro - Dicionário de Astrologia, editado pela Angelorum em 2005.

Simão é o primeiro a contar da direita. Por corresponder a Carneiro, é, precisamente, a cabeça que sobressai da figura: a fronte altiva, o cabelo curto, o nariz adunco, tipicamente marciano, e a barba pontiaguda, acerada como a espada do Deus da Guerra (Marte). Ele está no topo da mesa (é o primeiro.), encabeçando o primeiro grupo de três apóstolos.... como se ele fosse o chefe daquele pequeno grupo.

Judas Tadeu é o segundo a contar da direita. Touro rege o pescoço e os ombros. Partindo daqui, é interessante verificar que Leonardo da Vinci pinta esta figura de forma a que seja precisamente essa zona do corpo a receber mais luz. O cabelo, farto, está atirado para trás. O decote da camisa, repuxado, expõe uns ombros que se adivinham largos e robustos. inclina a cabeça na direção de Simão (Carneiro, no topo da mesa), mas o olhar desconfiado não encara nenhum dos companheiros, parecendo avaliar de onde poderá vir o golpe que porá em risco a sua segurança.

Mateus é o terceiro a contar da direita. A dispersão de Gémeos é representada por esta figura que olha para Simão e aponta para Jesus. Mais uma vez, Leonardo da Vinci faz ressaltar a zona do corpo respeitante ao signo: os braços e as mãos. Além disso, o período da vida associada a Gémeos - a juventude - é bem patente nas feições de Mateus, sem dúvida o mais novo de todos.

Filipe é o quarto a contar da direita. A doçura de Caranguejo está aqui personificada neste apóstolo. De pé, demonstra intenção de fazer alguma coisa e recolhe as mãos fofas sobre o peito, numa atitude de acolhimento. Inclina ternamente a cabeça, mostrando um rosto cheio, onde reina um olhar doce, só possível em quem reparte a dor daqueles que ama!

Tiago Menor é o quinto a contar da direita. Leão manifesta-se na postura teatral deste apóstolo que abre os braços e expõe o coração, órgão do Leão. O recuo do queixo parece reforçar a exposição do peito. Se repararmos, parece fazer uma barreira com os braços, impedindo que Filipe, de pé, e Tomé, com o dedo crítico (Virgem) espetado como que acusando, lhe tomem a dianteira e se aproximem de Jesus: ele quer estar "na primeira fila"!

Tomé é o sexto a contar da direita. Sabe-se que Virgem é excelente a encontrar defeitos... e é o que este apóstolo parece estar a fazer. Repare que, enquanto símbolo da modéstia e da humildade, ele está atrás de Tiago Menor (Leão). Só se lhe vê a cabeça (sede do intelecto (Mercúrio, seu regente) e o dedo espetado, símbolo da chamada de atenção de quem acha que nada está como deve ser. Tem os olhos muito abertos de ansiedade e inquietação, como a querer perceber tudo o que está implicado na decisão do Mestre. Parece dizer-lhe: "Isso não está certo; vê lá o que vais fazer!"

João é o sexto a contar da esquerda. O sentido de partilha de Balança é retratado através deste apóstolo que une os dedos ao entrelaçar as mãos (!) e se inclina para Pedro (Sagitário) parecendo ouvir a opinião dele. Ao mesmo tempo, essa inclinação do corpo desvia-o para o lado contrário de Simão (Carneiro, seu oposto complementar). Notar, também, as feições calmas, belas e femininas (Venusianas), da figura, e o ar de ponderação e meditação sobre o que está a ouvir.


Judas Iscariotes (Escorpião) é o quinto a contar da esquerda. Ele é o tesoureiro dos apóstolos. Por isso, Leonardo da Vinci representou-o com uma bolsa de moedas na mão. Esta bolsa encerra, porém, uma dupla significação, na medida em que pode ser vista como contendo as 30 moedas associadas "à venda" de Jesus. No entanto, sem essa "traição" não teria havido a morte e a ressurreição do Mestre, morte e ressurreição, essas que são, precisamente, as duas palavras-chave de Escorpião. Aliás segundo consta, Jesus terá dito a Judas: "Vai e faz o que tens a fazer." No quadro este apóstolo, encara o Mestre com olhar penetrante, enquanto, com a mão direita segura firmemente a bolsa. A mão esquerda faz um gesto que pode ser interpretado com "É, então, chegada a hora?"

Pedro é o quarto a contar da esquerda. Leonardo da Vinci personifica a sabedoria de Sagitário neste apóstolo. Não é por acaso que foi o redactor da Lei da Igreja. Além disso, foi Papa, a mais alta figura da religião e veículo da filosofia de Jesus, seu Mestre. No entanto, Sagitário é o centauro, meio homem, meio animal. Então, vemos o lado instintivo (animal) de Pedro segurando um punha com a mão direita, debruçando-se fogosamente sobre Judas Iscariotes, que se afasta para dar espaço à corpulência do companheiro. Contudo, o punhal não ameaça o Mestre; a arma está virada no sentido oposto, aparentemente assustando André (Capricórnio) que leva as mãos à frente como quem diz: "sossega, eu nada tenho a ver com isto!"
Desta atitude de Pedro ressalta bem a vontade de defender Jesus, nem que seja preciso recorrer à força.

André (Capricórnio), o terceiro a contar da esquerda, é sem dúvida, o mais idoso do grupo (Saturno, associado à velhice). Mostra a face seca, a boca austera e expõe as mãos ossudas e esqueléticas com os dedos nodosos (note a relação de Saturno com o esqueleto e as articulações). Esta postura das mãos, parece dizer que "defende a sua posição", que rejeita qualquer coisa, provavelmente a responsabilidade de estar envolvido na resolução que o Mestre tomou. André com este gesto de afastamento, típico de quem se "põe de fora", contrasta com o gesto acolhedor de Filipe, (o quarto a contar da direita, Caranguejo, seu oposto zodiacal).

Tiago Maior (Aquário), o penúltimo, da esquerda. Simbolizando a amizade, ele tem o braço esquerdo rodeando André (Capricórnio), mas apoia a mão no ombro de Pedro (Sagitário) que segura um punhal. O gesto de Tiago Maior poderá querer dizer: "Meu amigo, vê bem o que pretendes fazer". Se repararmos, ele é o único que toca ostensivamente o corpo de outro apóstolo. Amizade e amor, baseados na semelhança de perspectiva, são os tópicos principais que ressaltam da sua postura.

Bartolomeu, é o primeiro da esquerda. Recordemos que Peixes (Era do Cristianismo) rege os pés. Olhemos então para este apóstolo, o único a ter os pés fora da zona de sombra. Só neles bate a luz! Por outro lado, no quadro, só duas figuras parecem estar levantadas, o que neste caso, poderá significar um impulso de movimentação em direcção a Jesus, obviamente para o apoiar, para mais de perto lhe passarem a sua compaixão. Ora esses dois apóstolos são, precisamente, Bartolomeu e Filipe (o aº da direita), representantes de Peixes e Caranguejo, respectivamente, porventura os signos mais piedosos da roda zodiacal.
(há até quem diga que Peixes é a "Cruz Vermelha" do Zodíaco!)

Repare-se, ainda, que Bartolomeu está aparentemente calmo e lança um olhar abrangente sobre a agitação que se instalou na mesa, tentando apreender e assimilar as reacções dos restantes companheiros. Peixes, o último signo e o fim do Inverno, corresponde ao mês que antecede a Primavera, o início de um novo ciclo. Ao invés, a sua polaridade, Virgem, representado pelo franzino e nervoso Tomé (à esquerda de Jesus), é tão "ver para crer" que se atreve a levantar o dedo crítico mesmo na cara do Mestre!


Doce Amor

"Nenhum rumor. 
Nenhum frémito de asas.
Nada perturba a noite bela e calma.

E dormem os rosais, dormem os cravos.
Dormem as abelhas sobre o mel dos favos.
... e dorme, na minha alma, a tua alma."


Sofia de Melo Breyner

A face do bem e do mal


Muito se tem escrito acerca da obra de Leonardo da Vinci. Hoje escolhi este quadro da "Última Ceia de Cristo", para vos contar a lenda que se conta acerca desta obra.

Ao conceber este quadro, Leonardo da Vinci, desejava retratar o bem e o mal, e, deparou-se com uma dificuldade, faltavam-lhe os modelos. Parou a meio da obra para tentar encontrar os rostos ideais para demonstrar o que pretendia.

Certo dia, enquanto assistia a um coral, viu num dos cantores a imagem perfeita para simbolizar Cristo (o bem), e convidou-o para ser seu modelo, reproduzindo assim, os seus traços, em esboços.
O tempo foi passando, dizem que 3 anos, a obra estava quase pronta, no entanto faltava a Leonardo da Vinci, encontrar o modelo para representar o mal (Judas Iscariotes).

O responsável pela igreja começou a pressionar, e a exigir que terminasse... o pintor continuava a procurar um jovem que estivesse esfarrapado, bêbado, que prematuramente tivesse um aspecto envelhecido, em todos os sem abrigo, e finalmente encontrou um mendigo com todas essas características. Pediu que o levassem à igreja e copiou as linhas do pecado, do egoísmo, tão bem marcadas no rosto do mendigo, que mal se mantinha em pé.

Quando terminou, já o jovem se tinha refeito da bebedeira e abriu os olhos, comentou: - Eu já vi este quadro antes!
Quando? - perguntou surpreso Leonardo da Vinci.
- Há três anos atrás, antes de perder tudo o que tinha. Numa época em que cantava no coro e tinha uma vida cheia de sonhos. Fui convidado para ser modelo da face de Jesus.

Moral da história:
O bem e o mal têm a mesma face! Tudo depende apenas das decisões que tomamos na VIDA...