Ao longo do meu trabalho como terapeuta, tenho tido a oportunidade de constatar que muitas pessoas resistem para se libertar de ressentimentos, devido às crenças que lhes foram ensinadas na infância, pela família e pela sociedade. Alimentam um "vitimismo" e gostam de chamar a atenção para as "suas desgraças"
como forma de obterem atenção, que acreditam necessitar.
Isolam-se e entram em profundos estados de depressão e amargura.
“Um grande urso, vagando pela floresta, percebeu que um acampamento estava vazio. Foi até a fogueira, ardendo em brasas, e dela tirou uma panela muito grande de comida. Abraçou a panela com toda a sua força e enfiou a cabeça dentro dela, comendo tudo com sofreguidão.
Enquanto abraçava, começou a perceber que algo o atingia. Na verdade, era o calor da panela... Ele estava a ser queimado nas patas, no peito e onde mais a panela encostava.
O urso nunca tinha experienciado aquela sensação e, então, interpretou as queimaduras pelo seu corpo como uma coisa que queria tirar-lhe a comida. Começou a urrar muito alto. E, quanto mais alto urrava, mais apertava a panela quente contra seu imenso corpo. Quanto mais a panela o queimava, mais ele a apertava contra o corpo e mais alto urrava. Quando os caçadores chegaram ao acampamento, encontraram o urso recostado a uma árvore, segurando a tina de comida. O urso tinha tantas queimaduras que estava colado à panela e, mesmo já morto, ainda mantinha a expressão de estar a rugir”.
Ao ler esta história, tomei consciência que, muitas vezes na nossa vida abraçamos certas coisas que julgamos serem importantes.
Mas tal como na história, algumas delas magoam-nos, "queimam-nos" por fora e por dentro, e mesmo assim resistimos.
Fica bem patente o medo da mudança e é precisamente esse medo que nos coloca numa situação de desespero e dor. É preciso começar a perceber que o apego é de certa forma a maneira que arranjam para manter o controlo.
Apertamos essas coisas contra nossos corações e terminamos derrotados por algo que tanto protegemos, acreditamos e defendemos. Em certos momentos, é necessário reconhecer que nem sempre o que parece ser a salvação nos dá condições de prosseguir.
Passo-lhes a aprendizagem que tive com o método do Ho'ponopono (já descrito num post anterior). É preciso perceber e admitir que todos estamos aqui num processo de evolução.
Jesus diz-nos: Tu estás a
renascer. Em todos os sentidos, em todas as formas, nas mais pequenas acções
quotidianas, estás a nascer outra vez para uma nova vida. Cada vez estás mais
perto de mim. Cada vez vibras mais alto, mais puro, mais subtil. Cada vez mais,
alcanças a dimensão do céu onde as fadas podem voar.
Este é o
tempo do renascimento. É o tempo dos homens entenderem a missão. Entenderem que
a verdadeira missão, a única missão possível para o ser humano dentro da humanidade,
é conseguir ser único, inconfundível e inviolável. É conseguir destacar-se de
mais de sete mil milhões de pessoas.
Ser
autêntico. Ser orgânico. Ser especial.
in
Livro da Luz de Alexandra Solnado
“Nem sempre posso controlar o que se passa fora. Mas posso
sempre controlar o que se passa dentro.” Wayne Dyer
Nada melhor que Saturno em Escorpião, para trabalharmos e aceitarmos a transformação.
Transformação é sinónimo de “Vida-Morte”, uma vez que a Vida é impermanente, e mutável. Se uma é a essência a outra é a condição, o seu reverso indistinguível.
O mistério da vida e da morte. O milagre inevitável, ao longo
do tempo e das formas – de todas as formas –, a dança permanente entre o velho
que se esgota e o novo a que aquele dá lugar, a vida cumprindo-se através da
morte das formas que permite o nascimento de outras, continuamente.
Pensem bem nesta proposta e no que ela alcança, como processo evolutivo.
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