Eu Sou

A minha foto
Telemóveis - 911 977 487 mariaraqueltavares@gmail.com

Dar e receber...


“Pedra sobre pedra
As pedras que sobraram
Resta uma saudade inesperada,
Dos ventos quentes que nos sopraram.”

As Polaridades das casas que se referem aos bens (II e VIII)
Entramos no campo, onde o amor e o dinheiro coexistem.

A Casa II identifica-se com as aquisições, tanto no sentido material, como nos níveis emocional e mental.
Ela adiciona substância à identidade pessoal e representa o que recebemos quando viemos ao mundo, os valores morais, emocionais, comportamentais e materiais. O valor próprio e a sua expressão comportamental.
É também o que nos foi transmitido pela família e a nossa capacidade de ganhar a vida. A segurança, como resultado de um investimento no valor próprio. Enfim, é tudo o que temos… a casa da posse e consequente poder.

Esta é a casa que indica, quão independentes nós somos em termos económicos, a nossa capacidade de ganhar dinheiro e a nossa habilidade em administrar os nossos recursos.
Esta casa é portanto, a casa dos nossos desejos pessoais relacionados com as posses materiais, assim como a nossa atitude em relação a eles.
Tem relação com a matéria - "Eu tenh!" - é a primeira casa de Terra e representa a Fase de Interiorização, a etapa da colheita. Está associada ao signo de Touro, regido por Vénus.

Tão logo tomamos consciência dos nossos sentimentos de satisfação e insatisfação, eles começam a afectar o nosso bem estar e, paralelamente, o nosso meio de subsistência.
Posso atribuir à casa II uma função singular que diz respeito à autopreservação num sentido material.
É no processo de formação e análise dos nossos sentimentos, que se desenvolve uma atitude específica que proporciona o padrão pessoal de valores.
É por este motivo que esta casa está relacionada, até certo ponto, com o nosso senso de liberdade.

Em oposição fica a Casa VIII, bem mais complexa, uma vez que envolve vários conceitos aparentemente paradoxais.
Tudo o que está oculto dentro de nós está no âmbito da sua influência; tudo o que é dissimulado, misterioso, oculto ou sexual está situado nesta casa.
É também a casa da morte, destruição, perdição… mas regeneração, pois é nela que vencemos as dificuldades; ela indica os complexos, as repressões e o instinto.
Mas é também esta casa que determina o quanto somos capazes de penetrar no âmago das coisas, ao mesmo tempo que procuramos o lado oculto na nossa natureza interior, assim como o do mundo exterior.
Plutão regente de Escorpião, vive e reina debaixo da terra, é o Senhor do Mundo Inferior, onde estão os nossos tesouros; é a fonte da nossa força interior.
É o ponto mais dramático do zodiaco, uma vez que Escorpião se encontra ligado aos sentimentos. Existe um impulso instintivo para a sublimação dos sentimentos, para se ultrapassar a si mesmo.

Além disso a casa VIII é tradicionalmente a casa das finanças do nosso parceiro, da sociedade, das heranças.
Não é uma casa fácil de compreender, pois simboliza o inconsciente.

Abrange o que denominamos “inconsciente pessoal”, ou seja as coisas que esquecemos ou reprimimos, por não desejarmos saber, e ainda os nossos dons ocultos.
Poderei dizer que a casa VIII é o nosso depósito subterrâneo, assombrado pelo nosso medo, sendo que é aqui também que estão os nossos tesouros, a herança que trazemos e que fica à espera, até criarmos coragem de ir à sua procura.

O inconsciente projecta-se inevitavelmente no ambiente e, na prática, é encontrado na sombra ou na paixão descontrolada.
O padrão de expectativa que temos do outro lado de nós, é projectado sobre o objecto da nossa afeição. Sem que demos conta, reconhecemos e encontramos na outra pessoa um fragmento inconsciente de nós mesmos.
Na decorrência dessa projecção sobre uma outra pessoa, somos capazes de lutar connosco, através dela, conseguindo uma oportunidade para a nossa auto-regeneração.
Temos assim na casa VIII uma luta entre o amor pela vida e o desejo da morte.
Passo agora ao sexo, também ele aqui representado. Quando este é pleno, representa uma espécie de morte. Uma vez que para ser pleno, tem que haver entrega… abandono ao acto, e qualquer entrega real, é como a morte, pois representa a perda de controlo.
Os conflitos aparecem entre aquilo que possuímos e valemos versus aquilo que a outra pessoa gosta e quer.

Esta oposição aparece para que encontremos o equilíbrio entre a matéria e o instinto.
O amor e o dinheiro andam juntos. Quando este dinheiro é ganho através de união, são os frutos desta casa. Quando esta união é verdadeira e leal, primeiros requisitos de Plutão, a vida oculta prospera sem que percebamos, até que “a sementinha plantada e cultivada com zelo, rompe a terra e traz prosperidade”.

Sem comentários: